Escrito em por & arquivado em Osmose Reversa.

Acesse gratuitamente no site da International Water Association (IWA) o livro em inglês:

“Dessalinização por Osmose Reversa da Água do Mar (SWRO): Consumo de Energia em Plantas, Tecnologias Avançadas de Baixo Consumo e Desenvolvimentos Futuros para Melhoria da Eficiência Energética”.

Clique aqui para acessar: https://iwaponline.com/ebooks/book/870/Seawater-Reverse-Osmosis-SWRO-DesalinationEnergy

Sinopse do livro

O alto consumo de energia é uma questão crítica associada à dessalinização por osmose reversa da água do mar (SWRO, do inglês “Seawater Reverse Osmosis”), embora a SWRO seja considerada um dos processos mais eficientes em termos de energia para a dessalinização da água do mar.

Isso significa que a SWRO envolve uma grande quantidade de combustíveis fósseis e outras fontes de energia para a produção de água, o que impõe um impacto negativo ao meio ambiente, como a emissão de gases de efeito estufa.

Portanto, o alto consumo de energia da SWRO deve ser abordado para minimizar os impactos ambientais e permitir a exploração sustentável da água do mar. No entanto, a tendência recente do consumo de energia na SWRO parece ter atingido um ponto de saturação, que ainda é superior ao mínimo teórico de energia.

Para encontrar estratégias novas e inovadoras para reduzir o consumo atual de energia, é necessário um entendimento abrangente do uso de energia em plantas de SWRO, desde a análise teórica até o consumo real de energia em plantas reais de SWRO.

Este livro pode fornecer aos leitores informações sobre o estado atual do consumo de energia em plantas reais de SWRO, a compreensão fundamental do uso de energia nas plantas de SWRO do ponto de vista teórico, e tecnologias e processos avançados que poderiam ser aplicados para a redução de energia no futuro.

Além disso, este livro oferecerá uma metodologia detalhada para analisar questões energéticas na dessalinização da água do mar. Por meio deste livro, os leitores obterão uma visão sobre como lidar e analisar as questões energéticas na dessalinização por osmose reversa da água do mar.

Importante: na data desta publicação, o acesso ao livro estava aberto. Porém, a IWA pode suspender o acesso gratuito a qualquer momento. Então aproveite esta oportunidade o quanto antes.

osmose-reversa-planta

Escrito em por & arquivado em Osmose Reversa, Tecnologia, Tratamento de Água.

O dimensionamento de sistemas de osmose reversa é uma etapa fundamental no desenvolvimento de soluções eficientes para o tratamento de água. Um dimensionamento preciso assegura o desempenho ideal das membranas, reduz custos operacionais e prolonga a vida útil do sistema. Este artigo apresenta as etapas do dimensionamento de uma osmose reversa, abordando desde a coleta de dados de processo até a análise e otimização do sistema, destacando as interdependências entre cada fase e suas implicações práticas para diferentes aplicações, como dessalinização, reuso de efluentes e produção de água ultrapura.

1. Introdução

A osmose reversa é um processo de separação por membranas aplicado em larga escala para a remoção de sais dissolvidos, impurezas orgânicas e contaminantes da água. Seu uso abrange desde a dessalinização de água do mar até o reuso de efluentes industriais e a produção de água ultrapura para processos sensíveis. Para que o sistema atinja a eficiência esperada, é indispensável um dimensionamento cuidadoso que leve em conta múltiplas variáveis operacionais e ambientais. Cada etapa do dimensionamento impacta diretamente a performance global, tornando essencial a compreensão detalhada deste processo.

2. Etapas Detalhadas do Dimensionamento

O dimensionamento de um sistema de osmose reversa segue uma sequência lógica e integrada de dez etapas fundamentais, que garantem a eficiência e viabilidade do projeto.

2.1. Levantamento dos Dados de Processo

O primeiro passo consiste na coleta e análise dos dados de entrada. Aqui, definem-se:

  • Vazão de alimentação: Volume de água disponível para tratamento.
  • Vazão de permeado: Quantidade de água tratada requerida.
  • Qualidade da água de alimentação: Caracterização físico-química, incluindo sólidos dissolvidos totais (TDS), turbidez, presença de ferro, manganês, SDI (Silt Density Index), entre outros.
  • Qualidade desejada do permeado: Geralmente expressa em condutividade ou concentração de sais.
  • Origem da água: Água salobra, água de poço, efluente tratado ou água do mar.
  • Aplicação final da água tratada: Reuso industrial, geração de vapor, potabilização etc.

Este levantamento é crítico para definir todas as etapas subsequentes, pois cada tipo de água demanda configurações específicas.

2.2. Seleção da Configuração do Sistema

A configuração do sistema refere-se ao número de estágios e arranjos dos vasos de pressão:

  • Sistema de 1 estágio: Recuperação de até 50%, indicado para aplicações simples.
  • Sistema de 2 estágios: Recuperação entre 70% e 80%, recomendado para água salobra.
  • Sistema de 3 estágios ou mais: Utilizado em casos que exigem alta recuperação (>85%).

A escolha da configuração impacta diretamente o consumo energético e a eficiência da rejeição de sais.

2.3. Seleção da Membrana

A membrana é o coração do sistema. A seleção deve considerar:

  • Salinidade da água de alimentação
  • Rejeição de sais necessária
  • Energia requerida para operação
  • Tendência de incrustação (fouling)

Membranas para água salobra, por exemplo, têm alta rejeição e operam em pressões moderadas, enquanto membranas para água do mar suportam pressões superiores a 60 bar.

2.4. Definição do Fluxo de Projeto

Define-se o fluxo específico (litros/m²/hora), utilizando valores recomendados pelo fabricante da membrana ou por meio de testes piloto. Por exemplo, para água salobra, adota-se frequentemente 24 lmh.

pastedGraphic.png

2.5. Cálculo do Número de Elementos de Membrana

Com o fluxo e a vazão desejada, calcula-se o número de elementos necessários:

pastedGraphic_1.png

Onde:

  • N = número de elementos de membrana
  • Q = vazão de permeado (L/h)
  • F = fluxo (L/m².h)
  • A = área de cada membrana (m²)

2.6. Cálculo do Número de Vasos de Pressão

Determina-se quantos vasos de pressão serão necessários:

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Onde:

  • Nv = número de vasos
  • Nm = número de membranas por vaso (tipicamente 6 para membranas de 8”)

2.7. Definição do Número de Estágios

Relaciona-se a recuperação desejada com o número de estágios:

  • Recuperações de 40–60% → 1 estágio
  • Recuperações de 70–80% → 2 estágios
  • Recuperações de 85–90% → 3 estágios

A correta definição de estágios balanceia eficiência energética e qualidade do permeado.

2.8. Relação Entre Estágios

Calcula-se a proporção de vasos por estágio, o que influencia a eficiência hidráulica e o controle da concentração salina:

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Onde:

  • s = recuperação global desejada
  • n = número de estágios

2.9. Balanceamento das Vazões

Nesta etapa, ajustam-se as vazões entre os estágios para otimizar o desempenho do sistema, controlando a contrapressão e a vazão de alimentação.

Estratégias incluem:

  • Controle de válvulas de concentrado e permeado.
  • Utilização de membranas com permeabilidades diferenciadas por estágio.

2.10. Análise e Otimização

Por fim, utiliza-se software especializado, geralmente disponibilidade pelos fabricantes de membranas, para simular e otimizar o sistema completo. Esta ferramenta considera todas as variáveis, como:

  • Pressões operacionais.
  • Qualidade final do permeado.
  • Eficiência energética.
  • Dosagem de produtos químicos.

A simulação é essencial para validar o projeto antes da execução, prevenindo falhas de dimensionamento e otimizando custos.

3. Conclusão

O dimensionamento de sistemas de osmose reversa é um processo técnico e multidisciplinar que requer atenção a cada detalhe, desde a qualidade da água de alimentação até a configuração final do sistema. Um projeto bem dimensionado assegura não apenas a conformidade com as especificações de qualidade da água, mas também a eficiência energética e a longevidade dos equipamentos. O uso de ferramentas digitais de simulação complementa o processo, oferecendo maior segurança e previsibilidade na implementação dos sistemas de tratamento.

Referências Bibliográficas

MARQUES FILHO, Joaquim. Curso de Osmose Reversa. Curso online, Água Engenharia, 2022.

Autor: Joaquim Marques Filho, M.Sc.

Sistemas-de-Troca-Ionica

Escrito em por & arquivado em Inovação, Tratamento de Água, Troca Iônica.

A crescente demanda por soluções eficientes e sustentáveis para o tratamento de água e efluentes tem impulsionado inovações nos sistemas de troca iônica. Este artigo revisa criticamente as principais tendências que estão moldando o desenvolvimento e a aplicação desses sistemas, destacando avanços tecnológicos, integração com controles avançados, ampliação das aplicações, desenvolvimento de sistemas híbridos, ênfase na eficiência de custos, escalabilidade e conformidade regulatória. Para cada tendência, são apresentados exemplos práticos, ilustrando a aplicação real dessas inovações. O estudo reforça a relevância dos sistemas de troca iônica como ferramenta essencial para a sustentabilidade hídrica e a segurança operacional em diversos setores industriais.

1. Introdução

Os sistemas de troca iônica desempenham papel fundamental na purificação de águas e soluções químicas, garantindo a remoção de contaminantes que comprometem processos industriais e padrões sanitários. A busca por maior eficiência, sustentabilidade e conformidade regulatória tem conduzido a significativas inovações nesta tecnologia. Este trabalho revisa essas tendências e exemplifica sua aplicação no cenário atual.

2. Avanços em Tecnologia de Resinas

A evolução das resinas é fundamental para melhorar a eficiência dos sistemas de troca iônica. Por exemplo, as resinas de leito misto de alta capacidade são amplamente utilizadas em usinas nucleares para o polimento final da água ultrapura, assegurando a remoção de sílica residual e de cátions e ânions traço antes da utilização no circuito primário. Esse tipo de aplicação demonstra como resinas de última geração suportam ambientes extremos e garantem segurança operacional.

3. Sustentabilidade e Química Verde

Os fabricantes têm desenvolvido resinas que necessitam menor consumo de produtos químicos, reduzindo o impacto ambiental. Um exemplo prático é a utilização dessas resinas em estações de tratamento de águas municipais na Alemanha, onde o processo de regeneração consome menos ácido e soda cáustica, reduzindo tanto os custos operacionais quanto o volume de efluentes gerados.

4. Integração com Sistemas de Monitoramento e Controle

Em grandes indústrias farmacêuticas, sistemas de troca iônica são integrados com sensores de condutividade e plataformas de automação. Isso permite que operadores monitorem continuamente a qualidade da água para injetáveis (WFI), assegurando conformidade com padrões como a Farmacopeia Europeia, e evitando a necessidade de intervenções manuais frequentes.

5. Expansão para Novas Aplicações Industriais

No setor alimentício, fabricantes de sucos cítricos empregam troca iônica para reduzir a acidez e remover cor indesejada de seus concentrados, garantindo um produto mais estável e agradável ao consumidor. Um exemplo é a aplicação na produção de suco de maçã clarificado, onde resinas catiônicas ajudam a remover excesso de potássio e cálcio.

6. Desenvolvimento de Sistemas Híbridos

Em plantas de dessalinização, por exemplo, combinam troca iônica com osmose reversa para maximizar a eficiência na produção de água potável a partir de fontes salobras. Esta abordagem híbrida permite alcançar qualidade de água potável superior aos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), com eficiência energética aprimorada.

7. Ênfase na Eficiência de Custos e Escalabilidade

Empresas de pequeno e médio porte do setor têxtil na Índia têm adotado sistemas modulares de troca iônica para o reuso de água em processos de tingimento, diminuindo significativamente os custos operacionais. Com soluções escaláveis, essas empresas ajustam os volumes tratados conforme a produção, sem necessidade de grandes investimentos iniciais.

8. Conformidade com Normas Regulamentares

Nos Estados Unidos, o setor de tratamento de águas subterrâneas contaminadas por nitratos tem recorrido a sistemas de troca iônica para atender aos limites impostos pela Agência de Proteção Ambiental (EPA). Um exemplo é a aplicação na Califórnia, onde sistemas dedicados garantem que a água distribuída a comunidades agrícolas atenda aos rígidos padrões de potabilidade.

9. Conclusão

As tendências atuais dos sistemas de troca iônica apontam para soluções cada vez mais eficientes, sustentáveis e adaptáveis. Os exemplos práticos abordados evidenciam como diferentes setores já se beneficiam dessas inovações, garantindo não apenas conformidade regulatória, mas também ganhos econômicos e ambientais. Diante dos desafios globais relacionados à água, os sistemas de troca iônica consolidam-se como componentes essenciais para a resiliência hídrica e a excelência operacional.

10. Referências Bibliográficas

VERIFIED MARKET REPORTS. Top 7 Trends In Ion Exchange Systems. Disponível em: https://www.verifiedmarketreports.com/blog/top-7-trends-in-ion-exchange-systems/. Acesso em: 06 abr. 2025.

UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. National Primary Drinking Water Regulations. Disponível em: https://www.epa.gov/ground-water-and-drinking-water

WHO. Guidelines for Drinking-water Quality. 4th edition, World Health Organization, 2022.

Autor: Joaquim Marques Filho, M.Sc.

tratamento-de-agua-e-reuso

Escrito em por & arquivado em Osmose Reversa, Tratamento de Água, Ultrafiltração.

Introdução

A ultrafiltração é um processo de separação que utiliza membranas semipermeáveis para remover partículas, microrganismos e macromoléculas da água, proporcionando um permeado de alta qualidade. Essa tecnologia é amplamente empregada em diversas aplicações, como a produção de água potável, tratamento de água para uso industrial e reúso de efluentes domésticos e industriais. A eficiência da ultrafiltração em remover sólidos em suspensão, turbidez, bactérias e vírus a torna uma alternativa vantajosa em comparação aos métodos convencionais de tratamento de água. Este artigo explora o conceito de ultrafiltração, suas características, desempenho e aplicações.

1. Definição e Princípios da Ultrafiltração

A ultrafiltração é um processo físico que se baseia na separação de componentes de uma solução por meio de membranas semipermeáveis, impulsionada por forças de pressão ou gradientes de concentração. As membranas de ultrafiltração possuem poros com diâmetros entre 0,01 e 0,1 micrômetro, permitindo a passagem de água e íons dissolvidos de baixo peso molecular, enquanto retêm partículas, bactérias e vírus.

A força motriz que promove a separação é a pressão transmembrana (TMP), que é a diferença entre a pressão aplicada na entrada da membrana e a pressão no lado do permeado. Esse mecanismo faz com que os contaminantes fiquem retidos na superfície da membrana, formando uma camada que pode ser removida por processos de retro lavagem (backwash).

A membrana utilizada na ultrafiltração é uma fina camada semipermeável que atua como uma barreira física para contaminantes com base em suas propriedades físico-químicas, como tamanho e carga elétrica. A eficiência da membrana está diretamente relacionada à sua composição, formato e configuração operacional.

2. Desempenho e Parâmetros Operacionais

A ultrafiltração é altamente eficaz na remoção de impurezas e microrganismos, resultando em um permeado de excelente qualidade. Os principais parâmetros de desempenho da ultrafiltração incluem:

  • Sólidos em suspensão: < 0,1 mg/L
  • Turbidez: < 0,2 NTU
  • Remoção de bactérias: 99,9999% (redução logarítmica de log6)
  • Remoção de vírus: 99,99% (redução logarítmica de log4)
  • Índice de densidade de silte (SDI): < 3

Estudos realizados com efluentes industriais e domésticos tratados por ultrafiltração demonstram resultados consistentes de remoção de contaminantes. Testes com efluente tratado de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) municipal apresentaram:

  • Turbidez: de 11 NTU para 0,13 NTU (99% de remoção).
  • Demanda Química de Oxigênio (DQO): de 63 mg/L para 20 mg/L (68% de remoção).
  • E. Coli: de 2,17 x 10⁵ NMP/100 ml para 0 NMP/100 ml (100% de remoção).

A qualidade da água permeada é independente da qualidade da água bruta, o que proporciona estabilidade nos resultados mesmo diante de variações nas características da água de alimentação.

3. Características e Benefícios da Ultrafiltração

A ultrafiltração oferece vantagens técnicas e econômicas em relação a métodos convencionais de tratamento de água. Entre suas principais características, destacam-se:

  • Remoção eficiente de sólidos em suspensão, coloides e matéria orgânica.
  • Barreira física contra a passagem de microrganismos, incluindo bactérias e vírus.
  • Qualidade consistente da água tratada, mesmo em condições variáveis de alimentação.
  • Redução no consumo de produtos químicos e energia.
  • Menor área ocupada em comparação com sistemas convencionais.
  • Possibilidade de reúso da água tratada para fins industriais, domésticos e potáveis.

Estudos comparativos demonstram que a ultrafiltração proporciona:

  • Redução no custo da água tratada – até cinco vezes menor em relação ao tratamento convencional.
  • Redução no consumo de produtos químicos – até dez vezes menos produtos utilizados.
  • Redução na área instalada – ocupação de espaço até três vezes menor.
  • Redução no consumo de água para retro lavagem – até 50% de economia.
  • Redução no consumo de energia – até duas vezes menos energia necessária.

4. Tipos de Membranas e Configurações

A ultrafiltração pode ser configurada de diferentes formas, dependendo das características da água de alimentação e dos objetivos de tratamento.

4.1. Sentido de Filtração

Existem dois principais sentidos de filtração:

  • Inside-out (de dentro para fora):
    • Maior vazão de retro lavagem.
    • Maior necessidade de pré-tratamento e consumo de químicos.
    • Maior fluxo de permeado.
  • Outside-in (de fora para dentro):
    • Retro lavagem combinada com limpeza por ar.
    • Menor vazão de retro lavagem.
    • Menor consumo de energia.

4.2. Formato das Membranas

O formato mais utilizado na ultrafiltração é o de fibra oca (hollow fiber), que oferece alta densidade de empacotamento e resistência mecânica bidirecional.

4.3. Materiais das Membranas

As membranas de ultrafiltração podem ser fabricadas com diferentes materiais, como:

  • PES (Polietersulfona) – Alta permeabilidade, resistência química e estabilidade em faixas amplas de pH.
  • PVDF (Polifluoreto de vinilideno) – Maior resistência química, facilidade de limpeza e resistência ao cloro.

4.4. Tipos de Filtração

  • Dead-end (axial) – O fluxo é direto, com acúmulo de resíduos na superfície da membrana.
  • Cross-flow (tangencial) – O fluxo ocorre de maneira tangencial à superfície da membrana, reduzindo o acúmulo de resíduos e prolongando a vida útil do sistema.

5. Aplicações da Ultrafiltração

A tecnologia de ultrafiltração é amplamente utilizada em diversas indústrias e setores, incluindo:

  • Produção de água potável – Tratamento de águas superficiais e subterrâneas para abastecimento público.
  • Tratamento de água para indústria – Produção de água para processos industriais e geração de energia.
  • Pré-tratamento para osmose reversa – Proteção das membranas de osmose reversa contra incrustações.
  • Reúso de efluentes industriais e domésticos – Reutilização de efluentes tratados para fins industriais e agrícolas.

Exemplos práticos de aplicação incluem:

  • ETA Lago Norte (Brasília/DF) – Sistema de ultrafiltração para tratamento de água potável.
  • Coca-Cola (Maringá/PR) – Tratamento de água para fabricação de bebidas.
  • Ceitec (Porto Alegre/RS) – Pré-tratamento de osmose reversa, para produção de água ultrapura. 
  • Laboratórios Sabin (Brasília/DF) – Pré-tratamento de água de poço para alimentação de osmose reversa. 

6. Conclusão

A ultrafiltração é uma tecnologia eficaz e confiável para o tratamento de água e reúso, oferecendo resultados consistentes de remoção de contaminantes e produção de água de alta qualidade. Sua capacidade de operar em condições variáveis, aliada à redução no consumo de químicos, energia e espaço físico, torna a ultrafiltração uma solução viável para aplicações industriais e domésticas. A evolução contínua dos materiais e configurações de membranas reforça o papel da ultrafiltração como uma solução sustentável e econômica para os desafios no tratamento de água e reúso.

Autor: Joaquim Marques Filho, M.Sc.

 

elemento alcalino

Escrito em por & arquivado em Filtro, Informação, Produto.

O elemento alcalino tem um papel importante em diferentes aplicações para o tratamento de água potável e águas industriais. Apesar disso, e da importância da água alcalina para a saúde humana, a maioria das pessoas desconhece esse elemento, suas características e funções.

Mas, a verdade é que esse é um conhecimento importante para todas as pessoas, pois a água alcalina tem importantes benefícios para a saúde. Além disso, para quem trabalha com tratamento de água, tem uma indústria onde a água alcalina é necessária, ou precisa indicar os melhores produtos para seus clientes como revendedor, entender o que é o elemento alcalino, para que ele serve e como funciona, é fundamental.

Pensando nisso, e em promover uma maior conscientização sobre a importância da qualidade da água, preparamos esse artigo. Continue lendo e saiba mais sobre esse elemento filtrante e suas aplicações!

O que é elemento alcalino?

O elemento alcalino é um elemento filtrante com propriedades que deixam a água alcalina, pois eleva o seu pH e enrique a água com sais minerais. Normalmente, a água que bebemos tem um pH neutro, na altura de 7. Mas, a água alcalina tem um pH maior, entre 8 a 10.

Vale dizer que pH é uma escala logarítmica baseada na concentração de íons hidrogênio em uma solução, onde 7 é considerado neutro, concentrações abaixo de 7 são ácidas, e concentrações acima de 7 são alcalinas (bases).

A água alcalina apresenta diversos benefícios, incluindo:

  • Ajuda a balancear o pH corporal, neutralizando a acidez;
  • É uma água de maior qualidade, rica em sais minerais importantes para o corpo;
  • O organismo absorve a água alcalina mais rápido, então ela é mais eficaz para hidratação.

Além disso, o elemento filtrante alcalino também podem realizar a remoção do cloro livre da água, e deixar a água com condutividade alta, o que resulta em tensão mais baixa e efeito antioxidante.

Para que serve o elemento alcalino no tratamento de água?

A principal função do elemento alcalino é tornar a água menos ácida. Esse processo é importante, pois algumas fontes de água natural podem apresentar um pH ácido, sendo imprópria para consumo e uso industrial.

Assim sendo, é preciso reduzir essa acidez, aumentando a alcalinidade da água, para que ela se torne potável ou própria para fins industriais. Da mesma forma, outras fontes de água podem ser ácidas devido à contaminação ambiental, e apresentar a mesma necessidade de alcalinização.

Como funciona o elemento alcalino no tratamento de água?

Como funciona o elemento alcalino no tratamento de água

O elemento alcalino funciona como elemento filtrante em sistemas de filtração com objetivo de deixar a água alcalina. Para isso, os íons de hidrogênio da água são trocados por íons de cálcio, magnésio, potássio e sódio, em um processo de troca iônica.

Além disso, não existe um único tipo desse elemento, mas vários disponíveis no mercado. Eles podem, inclusive, ter propriedades adicionais.

Aqui na BBI filtração, temos uma linha com 3 elementos alcalinos:

  • Elemento alcalino – Linha Alkablock: aumenta o pH da água, resultando em ORP negativo, e deixa a água rica em sais minerais essenciais.
  • Elemento Filtrante Alkablock – Carbon Block Alcalino – Cartucho: refil que eleva o pH da água, remove o cloro livre, enrique com sais minerais essenciais e deixa a água com alta condutividade.
  • Elemento Filtrante Alkablock – Carbon Block Alcalino – Engate Rápido: possui eficiência na remoção de cloro livre, eleva o pH e enrique a água com sais minerais, além de deixá-la com alta condutividade.

Para conhecer mais sobre a linha de elementos alcalinos BBI Filtração clique aqui.

Aplicações industriais da água alcalina

No setor industrial, a água alcalina tem várias aplicações, especialmente em indústrias onde os parâmetros de qualidade da água são mais rigorosos. Na indústria de alimentos e bebidas, por exemplo, a água alcalina pode ser utilizada na produção de bebidas, como sucos e refrigerantes, para equilibrar o sabor e melhorar a consistência do produto final.

Essa água também é eficaz em remover resíduos e impurezas de equipamentos e superfícies de maneira mais eficiente. Por isso, é empregada em processos de limpeza e desinfecção. O que resulta em uma redução do uso de produtos químicos agressivos para essa finalidade.

Devido as suas propriedades, a água alcalina também é utilizada no tratamento de águas residuais que apresentam baixo pH devido a contaminantes, provenientes de indústrias ou de processos urbanos. Nesse contexto, contribui para deixar o pH menos ácido, mais próximo ao pH neutro da água potável.

Além disso, a água alcalina é importante para alguns usos no setor farmacêutico e químico, onde ela pode ser necessária para ajustar o pH de algumas soluções. E é empregada em sistemas de refrigeração, já que é melhor que outros tipos de águas para o funcionamento desses sistemas, aumentando seu desempenho e diminuindo a corrosão.

Conclusão

Agora que você conhece os benefícios da água alcalina e o que é o elemento alcalino, é muito mais simples compreender as amplas aplicações e usos desse elemento em diferentes contextos de tratamento de água. Inclusive, com benefícios para a saúde humana, e para o próprio meio ambiente, ao enriquecer a água com sais minerais, e melhorar a qualidade de águas residuais.

Gostaria de ter esse produto na sua indústria ou revender para seus clientes? Entre em contato, estamos à disposição para melhor atendê-lo!

Crepinas para tanques de fibra

Escrito em por & arquivado em Filtro, Produto, Tratamento de Água.

Nesse post, vamos falar sobre o que são crepinas para tanques de fibra, e qual a sua utilidade prática. Quem já trabalhou com tanques de fibra de vidro, ou está precisando trabalhar com eles, provavelmente já se deparou com o termo crepinas. Embora esse componente seja uma peça simples, ele desempenha um papel essencial na eficiência e durabilidade do seu equipamento.

De forma resumida, podemos dizer que as crepinas são usadas para filtrar e distribuir a água, mas existem muitas outras informações importantes que é preciso saber para entender a importância desse componente. Por exemplo, suas aplicações em sistemas de filtragem de água, e filtragem de águas industriais para diferentes processos.

Então, se você quer saber mais sobre o que são as crepinas para tanques de fibras e sua utilidade, para oferecer os produtos certos para seus clientes, ou encontrar as melhores soluções para a sua indústria, esse artigo foi feito para você! Continue lendo e aproveite as dicas!

O que são crepinas para tanques de fibra?

As crepinas para tanques de fibra são um elemento que vai dentro do tanque, e apresenta uma função importante: reter impurezas da água para permitir a passagem apenas do líquido purificado. Dessa forma, é possível garantir que a água filtrada não será contaminada e estará com qualidade necessária para os processos aos quais se destina.

As crepinas são fabricadas em aço inoxidável ou plástico, projetadas com pequenos orifícios ou perfurações que permitem filtrar partículas sólidas da água. Na prática, podem variar em tamanho, a depender do tipo de tanque de fibra utilizado, e das necessidades específicas do sistema de filtração.

Além disso, as crepinas também possuem grande capacidade de resistência a pressão, o que possibilita a fácil limpeza do meio filtrante, sempre que isso for necessário.

Na BBI Filtração, temos crepinas feitas de polipropileno, um termoplástico muito resistente e versátil. Para saber mais sobre as crepinas BBI, clique aqui.

Quando usar crepinas para tanques de fibra?

As crepinas são componentes essenciais em sistemas de tratamento de águas e em aplicações industriais que exigem filtragem eficiente e distribuição uniforme de líquidos. Em essência, as crepinas são difusores instalados na base dos filtros em sistemas de tratamento de água. Sua função principal é reter o material filtrante dentro do filtro, permitindo que apenas a água passe através de suas aberturas.

Em sistemas industriais, elas ajudam a impedir que sedimentos e detritos causem obstruções, garantindo uma operação contínua e eficiente. Por exemplo, asseguram que a água processada atenda aos padrões necessários, filtrando resíduos e partículas que poderiam comprometer a operação.

Mas, as crepinas para tanques de fibra também possuem outras aplicações práticas:

  • São componentes de filtragem de água para sistemas de tratamento de água potável.
  • São utilizadas em sistemas de filtragem em estações de tratamento de águas residuais.
  • Para filtros de piscina de grande porte.
  • Em sistemas de dessalinização da água.
  • Em tanques de processamento industrial de líquidos.
  • Para sistemas de irrigação agrícola.
  • Sistemas de filtragem em indústrias químicas.
  • Filtros de tanques utilizados em processos da indústria de alimentos e bebidas.
  • Em sistemas de filtragem de aquários de grande capacidade.

Benefícios

Benefícios das crepinas

Um dos principais benefícios é a capacidade de garantir uma filtragem eficiente. Como explicamos, as crepinas são projetadas para reter o material filtrante, permitindo que apenas a água limpa passe através das suas pequenas aberturas. Isso é necessário para garantir a qualidade da água tratada, além de contribuir para proteger os componentes internos do tanque contra danos e entupimentos.

Outro benefício do uso das crepinas em tanques de fibra é a uniformidade da distribuição de água dentro do tanque. O que é essencial para evitar pontos de pressão elevados que podem desgastar o sistema prematuramente. Afinal, com a distribuição uniforme da água, o tanque opera de forma constante, e com maior suavidade.

As crepinas também são conhecidas pela sua durabilidade, suportando ambientes rigorosos e condições adversas sem corroer. Pois, o polipropileno, ou o aço inoxidável, materiais de fabricação desses componentes, são materiais resistentes, duráveis e fácil manutenção.

E não podemos esquecer da sua versatilidade, que inclui usos desde o tratamento de água, até aplicações industriais e agrícolas.

Qual a função do tanque de fibra que envolve a crepina?

O tanque de fibra é projetado para suportar pressões elevadas e proteger o sistema interno contra danos externos e contaminações. Sua principal função é conter de forma adequada os líquidos dentro dele, suportando as pressões necessárias para a operação do sistema de filtragem instalado.

Além disso, o tanque proporciona a estrutura necessária para que a crepina opere de maneira eficiente. Pois, mantém o material filtrante no lugar, permitindo que a crepina retenha partículas indesejadas e permita a passagem de água limpa.

Você pode conhecer os tanques de fibra da BBI Filtração nesse link. Eles são adequados para uma boa variedade de sistemas utilizando crepinas.

Conclusão

As crepinas para tanques de fibra são componentes indispensáveis para realizar filtragem e tratamento de água em diferentes contextos. Então, se você está interessado em adquirir crepinas e tanques de fibra para sua indústria ou revender para seus clientes, entre em contato! A BBI Filtração tem produtos de qualidade e está à disposição para melhor atendê-lo!

O que é polipropileno

Escrito em por & arquivado em Informação, Produto.

Você sabe o que é polipropileno? A sociedade moderna atual tem uma infinidade de materiais disponíveis para as mais variadas aplicações. Dessa forma, vários processos necessários para a nossa vida diária são otimizados com facilidade, incluindo o tratamento de água potável e o tratamento de águas industriais.

O polipropileno (pp) é um desses materiais, que apresenta diversas características úteis, sendo versátil, leve e durável, ideal para uma ampla variedade de aplicações. Apesar disso, seu nome é complicado, e quando se fala em polipropileno a maioria das pessoas não faz ideia de que tipo de material seja, nem da sua utilidade.

Mas, é muito importante, especialmente para indústrias e revendedores de produtos industriais, entender o que é o polipropileno, para que ele serve e suas aplicações na produção de equipamentos para o setor. Em especial, para o tratamento de águas e efluentes, onde é amplamente empregado em sistemas de filtração.

Quer saber mais? Continue lendo!

O que é polipropileno?

O polipropileno é um material que pertence a um grupo de plásticos chamados poliolefinas. Estruturalmente, é semelhante ao polietileno, mas se diferencia por ter um grupo metil ligado a cada segundo átomo de carbono na cadeia principal.

Ou seja, é um tipo de plástico muito versátil, que apresenta propriedades muito interessantes. Confira:

Boa resistência química

O polipropileno não reage com ácidos diluídos e bases, fazendo com que ele seja uma escolha apropriada para fabricar recipientes destinados a conter esse tipo de substância.

Resistente a fadiga

Mesmo após muita flexão, dobra ou torção, o polipropileno é capaz de manter a sua forma, o que faz com ele seja um material conhecido pela sua resistência e durabilidade.

Possui boa tenacidade e elasticidade

O polipropileno é considerado um material com boa elasticidade e tenacidade porque suas longas cadeias poliméricas permitem que ele se deforme sob tensão e retorne à forma original sem se romper, resultando em um bom efeito dobradiça. Além disso, possui uma boa resistência a impactos, sendo ideal para aplicações que exigem flexibilidade e resistência.

Resistência a eletricidade e transparência

Outra característica do polipropileno é a sua alta resistência a eletricidade, o que também o torna útil em aplicações com componentes eletrônicos.

O pp também pode ser transparente, embora seja normalmente feito para ter uma aparência opaca. Dessa forma, ele é um ótimo material para aplicações que exijam a passagem de luz, ou que tenham finalidade estética.

O que é polipropileno e para que serve?

O que é polipropileno e para que serve

O polipropileno é um material muito versátil, um termoplástico, que pode ser moldado e remodelado várias vezes, quando aquecido, sem se deformar, sendo útil para aplicações variadas, incluindo:

  • Embalagens de alimentos;
  • Suprimentos médicos;
  • Cadeiras e outros móveis de plástico;
  • Brinquedos variados;
  • Eletrodomésticos;
  • Tupperware;
  • Peças automotivas;
  • Tampas de embalagem de refrigerante;
  • Sacos para grãos, etc.

Tratamento de água e águas industriais

Esse material também possui aplicações variadas em equipamentos para o tratamento de água e águas industriais. Por exemplo, ele é comumente utilizado na fabricação de elementos filtrantes, como cartuchos e mídias filtrantes, e para fabricar membranas de osmose reversa, pois resiste bem à corrosão e ao ataque de agentes químicos presentes na água.

É também é usado em:

  • Tanques de sedimentação e processos de flotação, como em estações de tratamento de águas residuais.
  • Filtros e reatores para remover impurezas e substâncias contaminantes, para o tratamento de águas industriais.
  • Em diversos tipos de filtros e unidades de desinfecção, para purificar água para o consumo humano ou uso nas indústrias.
  • Para a fabricação de tubos, conexões e sistemas de condução de água, inclusive em sistemas de aquecimento de água, deviso a sua boa resistência térmica.

Aqui na BBI Filtração, temos diversos materiais para aplicações variadas em polipropileno, que você confere nesse link.

Quais os benefícios de escolher o polipropileno?

Em nossa sociedade, os plásticos estão entre os materiais mais abundantes, e versáteis. Logo, quando você escolhe o tipo certo de plástico para sua produção, é possível melhorar a sua eficiência produtiva e a qualidade do seu produto final.

Nesse contexto, compreender o que é polipropileno e para que serve, faz com que seja evidente que esse material possui vários benefícios. Em primeiro lugar, devido à sua durabilidade e versatilidade, é possível produzir uma variedade extensa de peças, itens e produtos de forma altamente eficiente com o pp.

Além disso, como esse material tem boa adaptabilidade para o processo de moldagem por injeção, ele é ideal para quem precisa fazer camadas muito finas de plástico.

E se você tem uma indústria que precisa fazer o tratamento da água, por exemplo, por osmose reversa, ou outro meio de filtração, o polipropileno é uma escolha versátil, resistente e durável, para uma variedade de filtros e processos.

Conclusão

O polipropileno é realmente uma ótima opção para indústrias de diferentes setores, desde a farmacêutica e da indústria de alimentos e bebidas, até as indústrias químicas e de eletrônicos. Afinal, suas propriedades de resistência, resistência térmica e elétrica, tenacidade, elasticidade, entre outras, o tornam uma escolha estratégica para diversas finalidades.

Ficou interessado em adquirir peças de polipropileno para seu filtro ou sistema de tratamento de água? Entre em contato, estamos à disposição para melhor atendê-lo!

O que é removedor de ferro e manganês

Escrito em por & arquivado em Informação, Produto, Tratamento de Água.

No artigo de hoje, vamos entender melhor o que é removedor de ferro e manganês. Isso é relevante por diferentes motivos. Em primeiro lugar, garantir que a água que consumimos diariamente seja segura e livre de impurezas é essencial para a nossa saúde e bem-estar.

Além disso, muitas indústrias precisam que a água que utilizam seja livre de ferro e manganês para poder ser empregada em seus processos industriais. Caso contrário, tanto a operação de seus equipamentos, quanto a qualidade do produto final, podem ser comprometidas.

Logo, é muito importante contar com meios eficientes na remoção desses metais da água. Continue lendo para saber mais sobre o que é removedor de ferro e manganês, como funciona e quais seus benefícios e aplicações, tanto para o tratamento de água potável, quanto para o tratamento de águas industriais.

O que é removedor de ferro e manganês?

O filtro removedor de ferro e manganês é um equipamento que realiza a remoção desses metais da água, deixando suas quantidades em níveis adequados para o uso ao qual se destina, seja para consumo humano, seja para uso industrial.

A água proveniente de poços e reservatórios frequentemente apresenta contaminação por ferro e manganês, resultando em uma coloração turva e um sabor metálico desagradável. No entanto, é possível purificar essa água utilizando filtros específicos para a remoção desses elementos.

Mas, esse processo requer um removedor adequado.

Como funciona o filtro removedor de ferro e manganês?

Um filtro removedor de ferro e manganês pode ter diferentes etapas de filtração, dependendo das tecnologias empregadas. Mas, de forma geral, o processo envolve:

1. Oxidação

Nessa fase, a água passa por um tanque onde é exposta a um agente oxidante, como cloro, permanganato de potássio, ozônio ou oxigênio. Isso porque, o ferro e o manganês normalmente estão presentes na água no formato de íons, e é preciso convertê-los em partículas sólidas para fazer a sua remoção.

2. Filtração

Em seguida, é utilizado um meio filtrante removedor de ferro e manganês, como esse aqui, que a BBI Filtração disponibiliza para seus clientes e revendedores. O objetivo é reter as partículas sólidas de ferro e manganês, deixando passar a água purificada para a próxima etapa.

Os meios filtrantes mais utilizados nesse processo incluem areia, antracito ou meios filtrantes especiais, especialmente projetados para oxidar e filtrar esses metais com facilidade. E a escolha deve ser feita conforme o nível de purificação desejado.

Por exemplo, águas industriais podem precisar da remoção completa do ferro e do manganês da água. Mas, para a produção de água potável, é preciso deixar os níveis desses metais em concentrações adequadas, já que a água pura não é própria para o consumo.

3. Retenção

Enquanto a água passa pelo meio filtrante removedor de ferro e manganês, as partículas oxidadas desses elementos são capturadas pelo filtro, permitindo que a água purificada siga para o tanque de armazenamento ou para o sistema de distribuição. Essa é a etapa de retenção.

4. Regeneração e manutenção

O meio filtrante precisa ser regenerado periodicamente, para recuperar suas propriedades removedoras de ferro e manganês. Para isso, é possível utilizar um processo de retrolavagem, passando a água em sentido inverso pelo filtro.

Além disso, a eficácia do filtro deve ser monitorada, por exemplo, através de testes da qualidade da água, verificação do filtro e troca ou regeneração do meio filtrante quando necessário.

Problemas causados pelo acúmulo de ferro e manganês

Problemas causados pelo acúmulo de ferro e manganês

O uso de um removedor de ferro e manganês pode ser necessário, pois a sua presença em excesso na água pode causar uma variedade de problemas, tanto para a saúde humana, quanto para equipamentos industriais. Confira:

  • Causa manchas em tecidos e peças de porcelanas.
  • Deixa a água com uma com cor turva, imprópria para o consumo.
  • A água fica com odor e sabor metálico.
  • Danifica equipamentos industriais ao se acumular no seu interior.
  • Da mesma forma, danifica e reduz a vida útil de encanamentos e equipamentos domésticos.
  • É prejudicial para peixes e outros animais.
  • Podem entupir e danificar sistemas de irrigação agrícola.
  • Podem causar problemas de saúde, quando ingeridos em altas concentrações.

Benefícios e aplicações

O uso do removedor de ferro e manganês traz diversos benefícios, tanto para indústrias, quanto para o tratamento de água potável, incluindo:

  • Deixa a água potável, sem cheiro, cor ou sabor.
  • Previne manchas em louças e outros itens domésticos.
  • Aumenta a durabilidade de equipamentos industriais e eletrodomésticos.
  • Previne obstruções em filtros e tubulações.
  • Melhora a eficiência de diferentes processos industriais.
  • Protege sistemas de irrigação, melhorando a eficiência nos cultivos.
  • Permite que a indústria cumpra normas ambientais e de saúde.

Devido aos seus benefícios, o removedor de ferro e manganês possui variadas aplicações. Por exemplo, ele é empregado para produzir água potável em estações de tratamento de água, mas também é utilizado nas indústrias farmacêutica e alimentícia, para garantir a pureza e segurança dos produtos. Além de ser empregado em hospitais, laboratórios, cozinhas industriais, bem como na produção têxtil e em sistemas de caldeiras, protegendo equipamentos contra corrosão e obstruções.

Conclusão

Agora que você sabe o que é removedor de ferro e manganês, como funciona, e conhece seus benefícios e aplicações, saiba que na BBI Filtração você encontra tudo o que precisa para montar o seu filtro, desde o elemento filtrante, até tanques de fibra de vidro para contenção, válvulas e outros catalisadores, como o carvão ativado.

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Escrito em por & arquivado em Osmose Reversa, Tratamento de Água.

Resumo

A presença de micropoluentes emergentes, como resíduos farmacêuticos, hormônios e produtos químicos industriais, tem se tornado uma preocupação crescente na qualidade da água potável e na preservação ambiental. Esses contaminantes, mesmo em concentrações muito baixas, podem ter efeitos adversos na saúde humana e nos ecossistemas. A osmose reversa tem se destacado como uma tecnologia eficaz na remoção desses micropoluentes devido à sua capacidade de rejeitar solutos de baixo peso molecular e íons. Este artigo explora o papel da osmose reversa na remoção de micropoluentes emergentes, analisando sua eficiência, mecanismos de separação e limitações operacionais. Além disso, são discutidas estratégias para aprimorar o desempenho dos sistemas de osmose reversa na remoção desses contaminantes.

1. Introdução

Nos últimos anos, a contaminação da água por micropoluentes emergentes tem gerado preocupações ambientais e de saúde pública. Micropoluentes emergentes são compostos orgânicos e inorgânicos presentes na água em concentrações traço (geralmente na faixa de nanogramas a microgramas por litro) que podem incluir:

  • Resíduos farmacêuticos (antibióticos, analgésicos, antidepressivos)
  • Hormônios naturais e sintéticos
  • Pesticidas e herbicidas
  • Produtos químicos industriais (como surfactantes e plastificantes)

A presença desses compostos na água potável tem sido associada a efeitos endócrinos, resistência antimicrobiana e impactos em ecossistemas aquáticos. Os processos convencionais de tratamento de água, como coagulação, floculação, sedimentação e filtração, não são suficientes para remover eficazmente muitos desses compostos. Nesse contexto, a osmose reversa tem sido considerada uma solução promissora devido à sua capacidade de remoção de partículas em escala molecular.

2. Princípios da Osmose Reversa na Remoção de Micropoluentes

A osmose reversa é um processo de separação baseado em uma membrana semipermeável que opera sob alta pressão para permitir a passagem de água enquanto retém íons, moléculas orgânicas e partículas em suspensão. O processo ocorre em três etapas principais:

  1. Pressurização: A água bruta é pressurizada para superar a pressão osmótica natural.
  2. Rejeição de solutos: A membrana semipermeável bloqueia a passagem de íons, moléculas orgânicas e partículas.
  3. Coleta de permeado: A água tratada (permeado) é coletada, enquanto os rejeitos concentrados são descartados.

A eficiência da osmose reversa na remoção de micropoluentes depende de fatores como:

  • Tamanho e estrutura molecular dos contaminantes
  • Polaridade e carga elétrica
  • Interação com a matriz da membrana

Estudos mostram que compostos de massa molecular acima de 100–200 Daltons (Da) e com baixa polaridade têm maior probabilidade de serem eficientemente removidos pelas membranas de osmose reversa.

3. Eficiência na Remoção de Diferentes Tipos de Micropoluentes

3.1. Resíduos Farmacêuticos

Estudos têm demonstrado que a osmose reversa é capaz de remover mais de 95% de compostos farmacêuticos, como ibuprofeno, diclofenaco e paracetamol. A baixa polaridade e o tamanho molecular relativamente pequeno desses compostos facilitam a rejeição pela membrana.

3.2. Hormônios

Hormônios naturais e sintéticos, como o estradiol e o etinilestradiol, também são removidos com alta eficiência (acima de 90%) devido à sua hidrofobicidade e estrutura molecular complexa, que limitam a difusão pela membrana.

3.3. Produtos Químicos Industriais

Compostos como bisfenol A (BPA), ftalatos e surfactantes podem ser rejeitados com taxas superiores a 90%, dependendo das características da membrana e das condições operacionais (pressão, pH e temperatura).

4. Fatores que Afetam o Desempenho da Osmose Reversa

4.1. Condições Operacionais

  • Pressão: A eficiência da osmose reversa aumenta com o aumento da pressão operacional, que impulsiona a passagem da água pela membrana e facilita a rejeição de micropoluentes.
  • pH e temperatura: Condições extremas de pH e altas temperaturas podem degradar a membrana e reduzir a eficiência de remoção.
  • Fouling (incrustação): A formação de biofilme, incrustações minerais e colmatagem por matéria orgânica pode reduzir a vida útil e a eficiência da membrana.

4.2. Propriedades da Membrana

  • Material: Membranas de poliamida têm demonstrado maior eficiência na rejeição de micropoluentes em comparação com membranas de acetato de celulose.
  • Porosidade e carga superficial: Membranas com maior densidade e carga negativa apresentam maior rejeição de moléculas orgânicas e íons.

5. Desafios e Limitações

Apesar da alta eficiência, a osmose reversa apresenta desafios operacionais e ambientais:

  • Descarga de rejeito concentrado: O concentrado rico em micropoluentes e sais descartado durante o processo requer tratamento adequado para evitar impactos ambientais.
  • Consumo de energia: A alta pressão operacional eleva o consumo energético, aumentando os custos de operação.
  • Degradação de membranas: As membranas de osmose reversa tem vida útil de 3 a 5 anos em média. 

6. Estratégias para Aprimorar a Remoção de Micropoluentes

  • Pós-tratamento da água: A utilização de processos de oxidação avançada (como ozonização e radiação UV) após a osmose reversa pode melhorar a eficiência de remoção de compostos persistentes.
  • Combinação com outras tecnologias: Sistemas híbridos que combinam osmose reversa com ultrafiltração, nanofiltração e carvão ativado podem aumentar a eficiência de remoção de micropoluentes.
  • Desenvolvimento de membranas avançadas: Membranas modificadas com materiais nanoestruturados (como grafeno) apresentam maior resistência química e melhor seletividade para micropoluentes específicos.

7. Conclusão

A osmose reversa é uma tecnologia eficaz na remoção de micropoluentes emergentes, proporcionando uma barreira física eficiente contra resíduos farmacêuticos, hormônios e produtos químicos industriais. A eficiência do processo depende de fatores como propriedades da membrana, condições operacionais e tipo de micropoluente. Apesar dos desafios operacionais e energéticos, estratégias como o pré-tratamento da água, a combinação com outras tecnologias e o desenvolvimento de novas membranas podem aumentar o desempenho e viabilidade econômica da osmose reversa em estações de tratamento de água.

Autor: Joaquim Marques Filho, M.Sc.