Qual a quantidade de água que devemos beber para manter nosso corpo saudável? Provavelmente você já ouviu a recomendação de que um adulto precisa em torno de 2 litros por dia. Essa é a orientação do Ministério da Saúde para um adulto saudável. Alguns médicos e especialistas em nutrição defendem ainda que, para adultos, o ideal é que sejam ingeridos 35 ml de água por quilo de massa. Isso quer dizer que uma pessoa que pesa 70 kg deve ingerir 2.450 ml de água. Mas, e para uma criança?
Contudo, esta é uma resposta mais simples do que a pergunta realmente exige. Diversos estudos relacionam essa necessidade com fatores como peso, estilo de vida, hábitos alimentares, clima e, é claro, faixa etária. Quem pratica atividades físicas, por exemplo, tem uma necessidade maior de consumo de água do que quem é sedentário, pois a prática de exercícios faz a pessoa transpirar mais. O mesmo ocorre com pessoas que moram em regiões de clima mais quente.
Garganta seca mesmo tomando água, o que pode ser?
Dadas todas essas variáveis, é importante dizer que um adulto saudável, salvo raras exceções, mantém-se hidratado simplesmente consumindo água quando sente a necessidade. Isso porque o corpo humano, assim como o de diversos animais, possui um mecanismo que alerta sobre os níveis de água necessários para manter suas funções essenciais em pleno funcionamento.
Contudo, as crianças ainda não tem esse sistema bem formatado e o incentivo de um adulto é essencial para manter a hidratação. Além disso, é preciso lembrar que, em geral, os momentos em que elas mais precisam se hidratar são justamente os minutos em que estão mais distraídas com suas atividades.
Mas afinal, quanto uma criança deve beber de água para manter-se saudável? Para tornar mais fácil entendermos a necessidade de cada faixa etária, selecionamos as principais recomendações baseadas em uma tabela criada pelo Institute of Medicine (IOM), uma organização científica dos Estados Unidos:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até os seis meses de vida, o bebê deve ser alimentado exclusivamente com leite materno. A orientação é de não oferecer água, chás e quaisquer outros alimentos até essa idade. Isso porque o leite materno possui a quantidade ideal de água e de outros nutrientes e vitaminas essenciais para o desenvolvimento adequado do bebê nessa faixa etária.
A partir dos 7 meses, como os bebês já começam a comer papinhas, é necessário também o consumo de água. A necessidade diária nessa faixa etária é de 800 ml a 1 litro, sendo que 600 ml devem ser na forma de líquidos como a própria água, suco e leite.
Neste período da vida as crianças já estão mais ativas e começam a se movimentar com mais facilidade. Ou seja, após completar o primeiro ano de vida, a demanda por água aumenta e o volume mínimo a ser ingerido passa a ser 1,3 litros.
Com a intensificação das atividades físicas nessa fase da vida, as crianças tendem a perder mais líquido pela transpiração. Dessa forma, o volume de água ingerido por dia deve crescer novamente, desta vez para, no mínimo, 1,7 litros.
Nesta fase da vida, as coisas começam a mudar um pouco e novas variáveis começam a ser incorporadas ao cálculo. De acordo com a tabela da IOM, a necessidade diária de água difere entre o sexo feminino e o sexo masculino. Enquanto as meninas precisam ingerir, no mínimo, 2,1 litros, os meninos precisam de um pouco mais: 2,4 litros.
A partir dos 14 anos, a ingestão de água é basicamente a mesma de uma pessoa adulta, levando em conta uma série de fatores já descritos acima.
Pronto, agora que já sabemos quanto de água em média uma criança deve consumir ao longo do dia. Mas e quando elas simplesmente não tem interesse pela bebida. Como fazer para garantir uma hidratação completa?
1) Não é raro que, ao recomendar que os adultos ofereçam apenas água como opção de bebidas aos seus filhos em algumas ocasiões, recebam como resposta uma lamentação como “tadinho dele”. Pois bem, não precisa ter dó: hábitos só são adquiridos através da prática. Seu pequeno pode achar chato no começo, pode reclamar, fazer careta. Mas vai acostumar o paladar em algum tempo.
2) Outra dica bastante eficiente é tentar sempre oferecer água para matar a sede, e não suco. Porque uma vez hidratada, a criança pode até querer o suco ou refrigerante depois, mas vai tomar menos … não vai matar a sede com a bebida doce. O suco e refrigerante deveriam ser vistos como um prazer ocasional, e não como parte de todas as refeições. Senão fica difícil se interessar pela água mesmo!
3) A disponibilidade e o fácil acesso influencia as nossas escolhas alimentares. Deixe uma garrafa bem bonita em um lugar onde ela possa ver e se servir, e em vários lugares da casa. Criança com sede toma água, acredite!
4) Pode ser que você pense que as crianças não entenderão ou não se importarão em saber por que estão sendo incentivadas a beber mais água. Contudo, elas são curiosas por natureza e estarão muito mais abertas à mudança se souberem sua real motivação. Diga que a maior parte do corpo humano é feita de água e que para mantê-lo sempre em perfeito funcionamento é necessário beber água pura.
4) De nada adianta pedir para seu filho beber água enquanto o resto da família não o faz. Desde pequeno, é preciso estimular, oferecer e procurar não substituir a água por outra coisa mais atrativa, como sucos de caixinha ou mesmo refrigerantes caso eles recusem beber água pura. Elas só aprenderão por observação e só aceitarão a mudança se a virem em prática, principalmente, porque você já disse como o ato de beber mais água é importante para saúde.
5) As crianças adoram ver o próprio progresso, de meros traços na parede para medir o crescimento às estrelinhas de bom comportamento. Coloque uma tabela na porta da geladeira para marcar cada copo d’água que a criança beber. Use adesivos coloridos ou canetinhas, se necessário. Compare os resultados semanais e estabeleça metas.
Caso tenha mais de uma criança em casa, use garrafinhas d’água coloridas para saber quem está bebendo água e quem não está. O importante é que as crianças transformem tudo em uma brincadeira muito saudável.
DICA EXTRA: ofereça sempre água de qualidade, de preferência filtrada. Beber um líquido fresco, sem gosto ou cheiro, ou mesmo sem a presença incomodativa do cloro, pode ser um incentivo e tanto para que os pequenos se sintam mais estimulados ao se hidratarem. Há 15 anos no mercado, a BBI Filtração oferece as melhores opções de filtros, com confiabilidade e excelente custo-benefício.