Água virtual e a importância do conceito para repensar hábitos

Você tem noção da quantidade de água que consome diariamente? Além de todas as tarefas cotidianas, como lavar a louça, tomar banho, cozinhar, dar descarga, há uma grande quantidade consumida que é pouco lembrada na hora de calcular nosso consumo. Todos os produtos que compramos, sejam alimentos ou toda gama de manufaturados, precisam de água ao longo do processo produtivo. E, geralmente, não é pouca. Essa água, por vezes esquecida, é chamada de água virtual.

Neste artigo, vamos apresentar a importância de saber mais sobre água virtual e como isso pode influenciar para repensar alguns hábitos cotidianos. Esperamos, com isso, ajudar você a pensar sobre a importância de preservar a água e o meio ambiente. Também de reutilizar água da chuva e de instalar filtros adequados para reaproveitar a água o máximo possível nos processos produtivos ou na sua residência.

A origem do conceito

O conceito de água virtual foi criado pelo geógrafo britânico John Antony Allan em 1993, inspirado na sua experiência como analista hídrico no Oriente Médio. Em sua pesquisa, Allan percebeu que países com escassez de recursos hídricos importavam água incorporada por meio da compra de cereais, carne e outros produtos alimentícios.

Assim, o geógrafo derrubou a tese predominante, de que as guerras seriam cada vez mais movidas pela busca de recursos hídricos, na medida em que essa água estaria sendo compartilhada ou comercializada por outros meios. A repercussão do conceito também desencorajou países com situações hídricas delicadas a exportar bens ou alimentos que necessitem de muita água na produção.

A partir do conceito, Allan propôs a gestão pública da água transfronteiriça e uma repartição de benefícios mais abrangente do que a simples divisão da água. A forma como essas ideias moldaram o debate hídrico garantiu à Allan o Prêmio Estocolmo da Água, em 2008.

O impacto ambiental

O conceito de água virtual e sua relação com hábitos de consumo nos leva a pensar sobre quanto cada produto que consumimos necessita de água no processo de produção. Mais do que isso, também induz à reflexão de quais setores exigem mais água nos seus processos produtivos e qual o tamanho do impacto ambiental que cada produto carrega consigo.

Segundo estimativas, o setor que mais necessita de água na produção é o agropecuário, fazendo do Brasil um dos líderes mundiais de consumo e exportação de água virtual. Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tinha cerca de 214 milhões de cabeças de gado em 2019. Somado a isso, pesquisas apontam que um quilo de carne bovina requer aproximadamente 15 mil litros de água para ser produzido. Ou seja, muita água é consumida na produção de bovinos.

Para dimensionar o volume de água necessário na produção de carne, basta considerar que é necessário alimentar esses animais com vegetais, que precisam de água para serem produzidos, somando ainda a água que os próprios animais consomem. Em alguns casos, ainda há o risco da produção poluir lençóis freáticos, aumentando ainda mais o dano. Além disso, o processo de resfriamento e armazenamento das carnes também requer uma grande quantidade de água.

O segundo setor mais representativo no consumo de água virtual é a indústria, na medida em que a maioria dos produtos dependem de água no processo de produção ou para a sua composição. Por exemplo, a produção de uma unidade de calça jeans requer 8 mil litros de água, o equivalente a 53 banheiras cheias.

Isso porque o algodão necessário para a produção exige uma grande quantidade de irrigação se houver ausência de chuva. Além disso, os produtos precisam passar por um processo de industrialização específico, que torna a água imprópria para o consumo.

Para ter uma breve ideia de outros produtos, uma folha de papel requer 10 litros de água, uma xícara de café, 130 litros, uma garrafa de vinho exige 460 litros e, um litro de óleo diesel, 4 mil litros.

Para mitigar parte do dano ambiental, uma solução simples é adotar filtros de água ideais para cada parte dos processos produtivos. Isso possibilita mais reaproveitamento de água e redução do consumo durante o processo de produção. Assim, haveria uma redução no total de água virtual consumido em cada produto.

Como repensar hábitos?

A partir do que foi exposto, é possível ter ideia do tamanho do problema que o consumo de água virtual pode representar para a humanidade em médio prazo, dado que estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) sugerem que a demanda por água será cada vez maior. Além disso, tudo indica um aumento absoluto do consumo no mundo. Mas como mudar essa realidade? Como reduzir a incidência de água virtual?

Não existe uma resposta simples, na medida em que a redução da água virtual está inteiramente relacionada com a redução do consumo. Assim, todas as soluções passam por adotar hábitos ecoeficientes e por mudar a forma como bens e alimentos são produzidos.

Como indivíduo, você pode reduzir o consumo de carne e de bens supérfluos e adotar hábitos mais conscientes. Você pode eliminar a carne da alimentação uma vez por semana ou ainda substituir a carne de gado por carne de frango, que exige menos água virtual na produção. Evitar o desperdício de alimentos também é uma maneira imediata de começar a reduzir o dano ao meio ambiente.

O importante é que o consumidor se conscientize sobre a importância da água virtual para preservar o meio ambiente e comece a considerar a água virtual um fator importante na hora de consumir. Com isso, as empresas devem começar a buscar formas mais ecoeficientes de produzir, conservando cada vez mais água na produção.

Usar tecnologia para reaproveitar água tem se mostrado uma estratégia interessante para a indústria, na medida em que cada vez mais surgem alternativas que tornam processos ecologicamente corretos.

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