Você já bebeu água 100% pura? Provavelmente não. Mas não se assuste: isso não é necessariamente um problema. Com certeza você já escutou que a maior parte da Terra possui água em sua superfície. Isso é verdade. Cerca de 71% da parte superficial do planeta é coberta por esse líquido essencial para a sobrevivência não apenas dos seres humanos mas de todos os seres vivos.
O problema é que, desse total, cerca de 97,5% da água é salgada e apenas 2,5% são de água doce, que é a utilizada para consumo humano. Contudo, nem toda água doce está disponível, uma vez que boa parte está no estado sólido, formando as geleiras e as calotas polares nos extremos sul e norte do nosso planeta. No final das contas, apenas 0,77% de toda água da Terra pode ser considerada livre para consumo, mas o problema é que parte deste montante não atende às especificações para ser considerada potável.
A água potável pode ser definida como a água própria para consumo, ou seja, livre de substâncias e organismos que possam trazer doenças, além de não possuir cor, gosto, ou cheiro. Para que uma água seja considerada potável, devemos, portanto, analisar suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo radioativas.
Muitas pessoas pensam que toda a água cristalina é potável e que, portanto, não necessita de tratamento. Entretanto, apenas cor e odor não são suficientes para garantir que a água seja própria para o consumo. Muitos organismos que não são vistos a olho nu podem causar sérios danos à saúde caso sejam ingeridos pelo ser humano. Sendo assim, a água potável não pode ser avaliada apenas visualmente, tornando fundamentais os testes de potabilidade.
Graças a uma série de fatores, incluindo a poluição causada pelo próprio homem, as águas de rios e lagos normalmente não são próprias para consumo humano. Isso torna essencial que elas passem por processos específicos em estações de tratamento de água. No Brasil, o Ministério da Saúde possui uma série de regras específicas para avaliar se a água já tratada está mesmo em condições de ser oferecida à população sem qualquer risco imediato à saúde.
É aqui que cabe um importante esclarecimento: nem toda a água considerada potável está livre de riscos para a saúde das pessoas a médio e longo prazo. Isso porque o tratamento serve para eliminar as substâncias mais nocivas da água deixa resíduos Como exemplo, podemos citar o cloro, apontado como causa de uma série de problemas tanto na pele quanto em órgãos internos dos seres humanos.
Para se ver livre do risco de consumir esta e outras substâncias potencialmente nocivas, é recomendada a utilização de purificadores de água em toda a residência. É possível instalar equipamentos em torneiras, registros e chuveiros. Para isso, a BBI Filtração possui os filtros ideais para cada local do seu lar, oferecendo produtos com o melhor custo benefício do mercado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 748 milhões de pessoas não possuam acesso de forma sustentada à água potável no mundo. Além disso, aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas utilizam água contaminada. Isso significa que uma a cada quatro pessoas no mundo está sujeita a contrair doenças que podem, inclusive, levá-las à morte.
Estes números mostram o quanto a água potável é um bem valioso que merece atenção não apenas por parte de governantes. Cada pessoa, ao desperdiçar água em sua casa ou poluir um rio, por exemplo, está contribuindo para que a quantidade de água potável seja ainda menor. Fazer a nossa parte é garantir qualidade de vida para a nossa geração e para aqueles que vão habitar a Terra no futuro.
Se fosse preciso resumir a resposta da pergunta acima em uma palavra, ela seria: não. E para deixar a afirmação ainda mais surpreendente, podemos complementar informando que nem mesmo a água filtrada que você utiliza é 100% pura. Mas isso não significa algo ruim. Na verdade, é justamente o contrário.
Para uma água se considerada pura ela não pode ter em sua composição nenhuma outra molécula senão as de hidrogênio e oxigênio, que formam a tão conhecida fórmula H2O. Ao contrário da água potável, não é encontrada na natureza. Para obter a água pura é preciso que ela passe por um processo de desmineralização.
Apesar de parecer atrativo a ideia de consumir uma água totalmente pura, é preciso ter ciência de que uma água sem qualquer mineral é inútil para o organismo e nem mesmo é capaz de saciar sua sede.
A água desmineralizada, também conhecida como deionizada, não é boa para consumo, mas sua utilidade é inegável, sobretudo em fábricas. A técnica de desmineralização é uma solução inteligente para o tratamento de água que será utilizada em processos industriais e para prepará-la para reuso, uma vez que a ausência total de minerais evita incrustações e corrosões nos equipamentos e peças.
O processo de desmineralização de água por resinas de troca iônica é o sistema mais simples e econômico, utilizado para purificação de água, e esta tecnologia tem sido a preferida no Brasil, devido à baixa salinidade média das águas brasileiras, pela facilidade operacional, baixo custo de aquisição dos equipamentos, baixo custo operacional e alta taxa de recuperação de água, que pode chegar a 98%.
De forma simples, o líquido que é colocado no desmineralizador passa por algumas colunas que contam com resina catiônica e resina aniônica. Neste momento acontece a troca iônica, possibilitando o processo de desmineralização.
Esse processo é composto por leitos catiônicos, aniônicos e leitos mistos. Onde nos dois primeiros, 99,5% dos sais são eliminados e o residual apenas consegue ser extraído através do leito misto.
É um tratamento que atua na remoção dos íons dissolvidos na água, como magnésio, cloreto, sílica e cálcio. Esse sistema utiliza resinas de troca iônica — pequenas esferas plásticas que possuem superfícies ligadas aos íons usados na troca.
O ideal é que a água passe por um ou mais leitos até que eles fiquem carregados de íons e através de um processo químico, realizar a desmineralização da água.
Além do filtro catiônico e do filtro aniônico, o desmineralizador ainda possui um sistema de pressurização, filtro de zeólita que vai reter os sólidos, filtro de carvão e medidor de condutividade elétrica.