Quando falamos em tratamento de água para cervejarias, estamos lidando com o que de fato define a base do produto: a água representa cerca de 90% da cerveja e uma fábrica consome entre 5 e 10 litros de água para cada litro de cerveja produzido. Cuidar desse recurso é cuidar da qualidade sensorial, da segurança microbiológica e da eficiência operacional.
No artigo de hoje, abordamos as etapas fundamentais para esse tratamento, desde coagulação e filtração até ozônio, dióxido de cloro e UV, além de apontar riscos de segurança e boas práticas de instalação e automação. Boa leitura!
Na cervejaria, a água é ingrediente e processo: ela influencia a extração de açúcares no mash, o pH do mosto, a percepção de corpo e amargor e a estabilidade microbiana. Água inadequada altera receitas, gera off-flavors e pode comprometer fermentações.
Além disso, impurezas como ferro, manganês, cloro residual e matéria orgânica afetam diretamente o sabor e a aparência, enquanto dureza e TDS incidem sobre incrustação e eficiência energética em caldeiras. O tratamento de água para cervejarias garante repetibilidade e proteção de ativos.
O tratamento na cervejaria costuma perseguir três objetivos básicos:
A cadeia típica combina pré-condicionamento físico-químico, separação sólido-líquido, filtração, desinfecção e polimento. A seguir, as etapas essenciais.
Ajustes de pH com ácido ou álcalis otimizam coagulação e protegem materiais. É o ponto de partida para controlar eficiência das etapas seguintes.
Coagulantes (por exemplo, sulfato de alumínio) agregam partículas finas em flocos maiores, facilitando a remoção por decantação.
O decantador sedimenta os flocos formados. Então, o lodo é separado e enviado para tratamento específico. Essa etapa reduz a carga sobre filtros.
Filtros de areia ou multimídia retiram turbidez residual. Enquanto a retrolavagem periódica mantém a eficiência e evita arraste de partículas.
O carvão ativado remove compostos orgânicos, odores e subprodutos de oxidação, etapa crítica antes da blendagem e do envase para garantir perfil sensorial estável.
O cloro (hipoclorito) é amplamente usado como oxidante e desinfectante no tratamento de água para cervejarias, o dióxido de cloro é uma alternativa eficaz que evita clorofenóis e outros subprodutos, além de controlar biofilmes. Já o dióxido de cloro costuma ser gerado no local e dosado conforme vazão, com monitoramento amperométrico para garantir eficácia.
O ozônio é o oxidante mais potente para tratamento de água, pois oxida matéria orgânica, ferro e manganês, e inativa vírus com rapidez. Tem meia-vida curta em solução e exige reatores e medidas de segurança específicas, por isso deve ser aplicado antes da separação sólido-líquido e sempre com ventilação e monitoramento de gás.
A luz UV (comprimento de onda ~253,7 nm) inativa microrganismos sem deixar resíduos. Logo, é ideal como etapa final de controle microbiológico, mas não substitui a necessidade de filtragem ou de um residual químico quando houver risco de recontaminação.
Para cervejas especiais ou processos high-gravity, a osmose reversa é recomendada, pois produz uma base neutra que depois é remineralizada com sais (CaCl₂, MgSO₄, etc.) para criar o perfil desejado.
O lodo resultante da decantação é normalmente desaguado em filtro-prensa ou prensa de banda; o filtrado pode ser recirculado se apropriado. Planejar área de armazenamento e procedimentos de descarte é essencial para segurança e conformidade ambiental.
Além disso, é importante avaliar o destino final do lodo de acordo com sua composição, já que em alguns casos ele pode conter metais ou compostos que exigem tratamento especializado antes do descarte. Um bom gerenciamento dessa etapa não só reduz impactos ambientais, como também evita multas e garante que a operação esteja em linha com normas ambientais vigentes
Instale a casa de produtos químicos com revestimentos resistentes e ventilação para fazer o tratamento de água para cervejarias. Bombas dosadoras microprocessadas, integração PLC/SCADA e sondas de pH, cloro e fluxo permitem controle preciso da dosagem e documentação do processo, práticas que a BBI Filtração, recomendam integrar ao projeto.
Além disso, a ozonização e o manuseio de cloro/dióxido de cloro exigem normas de segurança estritas: limites de exposição, sensores de gás, procedimentos de emergência e treinamento da equipe são necessários. Com isso, você reduz riscos de acidentes e garantem um ambiente de trabalho mais protegido para todos os envolvidos.
O tratamento de água para cervejarias é uma etapa decisiva para proteger qualidade sensorial, segurança e continuidade operacional. E combina fases tradicionais (floculação, decantação, filtração) com tecnologias como ozônio, dióxido de cloro e UV conforme a necessidade do perfil de água e do estilo.
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